Primeiro dia ele chegou cedo, camisa regata branca, calça manchada de cimento, braço grosso, suando já às 8 da manhã.
Moreno, barba mal feita, olhar de quem não fala muito. Só trabalha. Mas me olhou diferente.
Fiquei ali, fingindo varrer o quintal, só pra observar.
Braços marcados, peito suando por baixo da regata grudada, e o volume na calça pesando pro lado, balançando toda vez que ele subia no andaime improvisado.
No terceiro dia, meu marido precisou sair cedo pra resolver umas coisas no centro.
Fiquei sozinho com o Leandro.
— Se quiser uma água, é só chamar — falei, já com a voz meio embargada.
— Pode deixar, patrão — ele disse, com um sorrisinho no canto da boca e um olhar que desceu até meu short curto.
Entrei de novo, mas não durou.
O calor, o silêncio, o cheiro de obra… e ele lá fora, suado, com cara de quem sabia que tava sendo observado.
Voltei só de bermuda, sem camisa.
Fui até os fundos.
Ele tava terminando uma parte da massa. Quando me viu, desceu da escada devagar, com a respiração pesada, o peito subindo e descendo.
— Calor hoje, hein — falei, como quem não quer nada.
— Tá… mas tem coisa aqui que tá pegando fogo faz tempo — respondeu, puxando a barra da regata pra secar o rosto e deixando a barriga à mostra.
Foi aí que a tensão explodiu.
A gente se encarou por uns segundos que pareceram minutos.
Fui chegando perto. Ele ficou.
O olhar dele desceu pro meu pau marcando no short.
E não teve volta.
— Tá querendo um serviço além da reforma, patrão?
— Quero é que você me detone igual esse muro.
Ele me agarrou pela cintura, encostou meu corpo na parede ainda úmida.
Beijo bruto, com pegada, com força.
A mão suja de cal já enfiando por dentro do meu short, apertando minha bunda.
A outra mão no meu cabelo, puxando e dizendo no meu ouvido:
— Casado… e desse jeito?
— Só com você que eu viro bagunça.
Desceu me chupando com vontade, barba raspando, boca molhada.
Eu gemendo com o corpo encostado na parede, com medo do vizinho ouvir e com mais tesão ainda por isso.
Depois me virou, levantou minha perna num tijolo solto, cuspiu na mão e foi encaixando devagar… e depois com tudo.
Socava forte, firme, segurando minha cintura e gemendo:
“Faz tempo que eu queria meter num marido gostosão assim.”
O pau dele batia no fundo.
A respiração quente no meu pescoço.
Minhas pernas tremiam.
Gozei primeiro, sujando a parede.
Ele gozou dentro, gemendo rouco, mordendo meu ombro.
Silêncio. Cheiro de cimento, suor e gozo misturado.
Ele puxou o zíper da calça, limpou a testa e disse:
— Amanhã eu volto pra terminar o muro… e talvez te deixar mole de novo.
Preciso fazer uma reforma aqui em casa, sera que arrumo um pedreiro bom assim.