Quando cheguei, estavam três deles, já encostados em uma lápide, fumando e rindo. Um deles olhou pra mim e soltou:
— Achou que vinha rezar? Aqui o culto é outro, putinho.
Sem demora, me puxaram entre as cruzes, onde ninguém podia ver da rua. Um já abriu minha calça, puxou meu pau pra fora e começou a chupar sem dó, no meio das sepulturas. O outro veio por trás, me jogou contra uma lápide fria e abaixou minha calça até o joelho.
— Vai sentir o peso dos mortos olhando, — ele disse, antes de enfiar devagar, arrancando um gemido alto da minha boca.
O som ecoava entre os túmulos, cada estocada parecia ainda mais forte por causa do silêncio do lugar. Enquanto eu era fodido contra a lápide, outro enfiava a rola na minha boca, me fazendo engasgar de tanto pau entrando.
Logo chegaram mais dois caras, e a suruba se formou ali mesmo, entre os jazigos. Um gozava no meu rosto, outro batia punheta e jogava porra nas pedras da sepultura, outro me usava sem camisinha, socando fundo até meus gemidos se misturarem ao barulho do vento.
— Olha só… o putinho dando com os mortos de plateia, — um deles riu, gozando nas minhas costas.
O clima era pesado, mas o tesão dobrava: cheiro de vela, de terra, frio da madrugada e calor dos corpos metendo sem parar. Eu perdi a conta de quantas vezes fui fodido naquela noite, sendo rodado como brinquedo no meio do cemitério.
No final, deitado na grama molhada, melado de porra, eu só ouvia eles dizendo:
— Semana que vem tem mais, no jazigo da família grande… dá pra meter geral lá dentro.