Novo match.
Perfil direto: “Discreto, ativo, na pressa.”
Mandei só:
“Tenho 10 minutos. Vem.”
Mandei a localização. Nem pensei muito. Coração acelerado, cueca já começando a dar sinais do que queria. Abri a porta da frente e deixei entreaberta, só o suficiente pra ele entrar sem precisar bater.
Dois minutos depois, ele chegou.
Moreno, camiseta colada no peito, perfume forte e olhar decidido.
Entrou sem dizer uma palavra, só puxando a porta devagar pra fechar.
Me olhou, sorriu de canto.
— Dez minutos? — sussurrou.
— Já se passaram dois.
Ele encostou no corredor, me puxando pela nuca.
O tempo corria, mas a vontade corria mais.
A casa em silêncio, o coração batendo na garganta.
Cada barulho da rua parecia o carro do meu marido encostando.
A tensão era tanta que a respiração saía quente demais.
O corpo dele tremia de vontade.
O meu de nervoso.
Mas ninguém parava.
Cinco minutos.
Um gemido abafado.
Um pedido entre dentes.
E eu pensando: “Se ele bater na porta agora, eu desmaio.”
Dez minutos.
Ele saiu tão rápido quanto entrou.
E eu fechei a porta com a mão ainda trêmula.
Dois minutos depois, meu marido chegou.
E eu?
Na cozinha, fingindo que esquentava café, com a consciência suada e um gosto secreto na boca do estômago.