Eu tinha ido visitar um amigo numa vila mais afastada de Três Lagoas.
No beco da esquina, tinha um cara encostado no muro, fumando.
Moreno escuro, tatuagem no pescoço, moletom mesmo com o calor, cara de poucos amigos. E um olhar que te despia.
O cheiro da erva no ar e o olhar dele em mim.
Não resisti: encarei de volta.
— Tá perdido aqui, boy? — ele soltou, com voz rouca e firme.
— Só de passagem.
Ele deu mais uma tragada, jogou a fumaça pra cima e sorriu de canto.
— Cola aqui então. Não gosto de ver visitante sozinho.
Cheguei devagar, pulseira batendo no braço dele, corrente pesada no pescoço.
— Te conheço não — ele disse, me olhando da cabeça aos pés. — Mas tá com cara de curioso.
Fiquei calado.
Ele se aproximou, o cheiro de erva e perfume barato batendo junto.
A mão dele encostou na minha cintura sem pedir licença.
O pau já dava sinal de vida no short. O dele também.
— Vamo subir ali — ele disse, apontando pro barraco em cima da oficina.
— Só se for agora.
O lugar era simples, cama no canto, janela com toalha pendurada, som baixo tocando um trap lento.
Ele trancou a porta com firmeza e encostou as costas na parede.
— Vai tirar essa camisa aí ou quer que eu arranque?
Não esperei.
Tirei. Fiquei só de bermuda.
Ele chegou por trás, encostando o pau duro em mim, a mão passando no meu peito, os dedos brincando com o mamilo.
A boca quente no meu pescoço.
— Vai dar pra bandido hoje? — ele sussurrou.
— Pra você, dou até sem perguntar.
A mão dele desceu, puxou minha bermuda até o chão.
Me ajoelhei sem ele mandar. O pau já tava lá, grosso, pesado, latejando.
Chupei com fome, com vontade, com medo e tesão misturado.
Ele gemia baixo, com a mão na minha nuca, dizendo:
“Chupa direito, porra. Mostra que boy sabe obedecer.”
Me puxou de volta, me jogou na cama.
Tirou o moletom, mostrando o peito cheio de tatuagem, a barriga trincada.
Cuspiu na mão, passou no pau e me virou de lado.
Encaixou devagar… e depois meteu fundo, com força, com raiva, com tesão.
Socando sem parar, dizendo no meu ouvido:
“Fica gemendo assim que eu te deixo todo gozado, safado.”
Gozou dentro de mim. Forte.
Depois puxou meu cabelo, me virou de frente e enfiou o pau na minha boca de novo, ainda latejando.
Chupei com gosto.
Ele ria, dizendo:
“Tu não vale nada. Mas me deixou doido.”
No fim, me jogou uma toalha, acendeu outro baseado e falou:
— Se aparecer por aqui de novo… já sabe onde subir.