Mas lá no fundão, Guga, Danilo, Renan e João estavam de olhos bem abertos.
Marcas de uma noite de estrada suada, gemida, molhada.
O sol ainda nem tinha batido na plataforma quando as portas se abriram.
O povo começou a descer com sacolas, caixas de papelão e cara de ressaca.
Mas Danilo ficou sentado.
Renan também.
João fingia que conferia a lista de passageiros, mas só esperava o último sair.
Guga desligou o motor.
Olhou pelo retrovisor e falou baixo, com aquele tom que eles já conheciam:
— Esperem cinco minutos.
A cabine vai ficar livre.
A rodoviária começou a esvaziar.
O barulho de mala nas rodinhas sumia.
Só restavam eles e o cheiro da madrugada.
Guga saiu da cabine, trancou a porta do ônibus por dentro, e encarou os três.
— Última viagem? — perguntou, andando devagar pelo corredor vazio.
— Última dessa semana — João respondeu, encostado no banco, com a rola já ficando dura de novo.
Guga tirou a camiseta.
Corpo trincado, suado. Peito peludo, barriga firme.
Grisalho molhado de estrada e gozo guardado.
— Quero os três ajoelhados aqui no fundo.
Quero terminar essa viagem como se fosse minha casa.
Eles obedeceram.
Danilo no meio, Renan de um lado, João do outro.
Guga tirou a calça, o pau já duro.
— Vamos ver quem chupa melhor. Quero gozar só uma vez.
Mas vai ser na cara de quem merecer.
Os três se revezaram, lambendo, chupando, engolindo.
Danilo gemia com a boca cheia, chorando de tesão.
Renan segurava a base e dizia “mete tudo, tio”.
João passava a língua nas bolas e no cu do Guga como se aquilo fosse refeição.
Guga segurava nos cabelos, mandava parar, trocava, gemia alto.
— Caralho… isso sim é final de viagem…
— Fala quem vai ganhar, Guga — João pedia, com a língua pra fora.
Guga não avisou.
Puxou a cabeça de Danilo com força, meteu fundo na garganta e gozou com força.
Gozo escorrendo pelo queixo, respingando nos outros dois.
Uma explosão suja, quente, final.
Silêncio.
Respiração ofegante.
Guga sorriu. Um dos poucos sorrisos da viagem.
— Agora sim.
Podem ir.
Mas da próxima vez… tragam mais um.
Danilo limpava o rosto sorrindo.
João ajeitava a mochila com o pau ainda duro.
Renan saiu por último, dando aquele último olhar por cima do ombro.
A rodoviária seguia seu ritmo.
Mas eles sabiam:
Dentro daquele ônibus, não foi só mercadoria que veio do Brás.
Veio gozo, gemido e um pacto sujo entre quatro homens e uma cabine quente demais pra viagem comum.
Fim.