A porta do apê mal fechou e as roupas começaram a voar. Camisa, tênis, cinto… tudo pelo chão. O ventilador girava devagar, inútil contra o calor dos dois corpos se devorando sem trégua. A cidade lá fora não importava mais — agora era só carne contra carne.
Bruno jogou Vinícius na cama de solteiro, que rangeu alto como se já soubesse o que vinha. Ele subiu por cima, colando seus quadris nos dele, sem cerimônia, sem pausa. Os dois estavam duros, pulsando, se provocando com o olhar e o toque.
— Cê é pior que fogo de padaria… pega rápido e não apaga fácil — disse Vinícius, ofegante, passando a língua nos próprios lábios.
Bruno respondeu com a boca, mordendo a barriga dele, descendo devagar, deixando trilha de saliva, fazendo Vinícius se contorcer. As mãos apertavam, arranhavam, guiavam. Os lençóis grudavam nos corpos molhados de suor.
Gemidos começaram a sair mais altos, abafados pelo travesseiro, pelo braço, pela mão. Nenhum dos dois estava preocupado com quem morava no apartamento ao lado. Era noite de libertar o que ficou preso durante dias, semanas, talvez meses.
— Tô ficando viciado nessa tua pele, nesse teu cheiro — Bruno sussurrou, deslizando os dedos por lugares que faziam Vinícius perder o ar.
Eles se revezavam, cada um tomando o controle do outro, rindo quando a cama rangia, gemendo alto quando a pegada ficava forte. A química era bruta, intensa, de dois homens que não tavam ali pra romance de novela. Era sexo com verdade, com entrega, com safadeza pura.
O tempo virou borrão entre beijos, arranhões, suor escorrendo pelas costas, e o som abafado dos dois se afundando um no outro.
Horas depois, o sol começava a bater fraco na janela. Os dois estavam jogados, pelados, cobertos só por um lençol torto. Vinícius fumava um cigarro, Bruno mexia no celular, os pés ainda se tocando por debaixo do tecido.
— E aí… isso vai ter replay? — perguntou Bruno, sem tirar os olhos da tela.
Vinícius deu uma tragada longa, sorriu de lado e respondeu:
— Se depender de mim… é série, não filme.