— Que cara é essa? Já querendo mais? — perguntou, secando o cabelo.
— Tô aqui vendo se acho um bônus pra essa nossa loucura — respondeu Vinícius, com um sorriso sacana. — Tu topa um terceiro?
Bruno ergueu uma sobrancelha, deixou a toalha cair no chão e respondeu com uma só palavra:
— Porra.
Meia hora depois, batida na porta. Era Caio. 27 anos, pele bronzeada, tatuagens no braço, bermuda larga, regata colada no corpo suado da rua. O olhar dele entrou antes do corpo. Já sabia o que tinha vindo buscar.
— Então é aqui que o bicho pega? — ele disse, sorrindo.
Vinícius abriu a porta já puxando ele pela camisa. Beijo logo de cara, pegada firme, língua metendo sem cerimônia. Bruno só observava, excitado, enquanto passava a mão pelo próprio pau, acordando o bicho de novo.
Caio entrou e nem tirou os tênis. Já tava com a bermuda no chão quando Vinícius empurrou ele no sofá. O corpo moreno colado no couro quente do estofado, respiração já acelerada. Bruno veio por trás, ajoelhou atrás dele, passou a língua nas costas descendo devagar.
A cena virou calor, pele, baba, mão apertando coxa, dedo explorando, gemido baixo, safadeza no volume máximo. Três caras, três corpos, nenhum pudor. Caio já gemia sem vergonha, com Bruno explorando ele por trás e Vinícius na frente, segurando firme no cabelo, metendo o ritmo com a mão, olhando nos olhos.
— Tu veio pra gozar ou pra desmaiar? — Vinícius sussurrou.
— Os dois, se continuar assim — Caio respondeu, com a voz falha.
Era troca de posição sem roteiro. Mão passando de um pra outro, boca molhada alternando de alvo, e nenhum dos três querendo parar. Uma dança suja de prazer, suor pingando no chão, barulho de pele batendo ecoando no apê.
Bruno puxou Vinícius pela nuca, deu um beijo daqueles que grudam, com gosto de outro na boca. Caio de joelhos no meio dos dois, babado, gemendo, sendo chupado e tocado por mãos que pareciam saber exatamente onde ir.
Os três gemiam, riam, mandavam frases sujas sem filtro. O tempo virou borrão. Veio o primeiro gozo — no peito de Caio, que gemeu alto, suado, tremendo. Depois foi Bruno, deitado, sendo engolido sem dó. Por último, Vinícius, que estourou no sofá com os outros dois lambendo, tocando, provocando.
Silêncio. Só o som do ventilador, e o cheiro denso de tesão espalhado no ar.
— Porra... isso aqui virou sacrilégio — disse Bruno, rindo.
— Se isso for pecado, quero ir pro inferno — Caio respondeu, deitando com os dois, pelado, sujo, feliz.