Marcos, recostado na boleia, camisa aberta, barriga exposta, cigarro no canto da boca, só observava a movimentação.
Mas o que ele esperava mesmo era Caio — o frentista que ainda estava lá embaixo, enchendo o tanque de um carro velho, com o mesmo jeitinho de mais cedo, mas agora com o olhar mais safado.
Às 22h30, ele mandou a mensagem:
“Última parada do seu turno é aqui na boleia. Venha quente.”
Caio olhou pro celular e sorriu de canto.
Marcos abriu a porta. Lá dentro, a luz baixa revelava uma surpresa:
Jorge, outro caminhoneiro — corpo grande, peito peludo, barba cheia, pau semi-duro por baixo do short de malha.
Parceiro de estrada.
Parceiro de putaria.
Caio subiu sem dizer nada, só encarando os dois.
Marcos fechou a porta com um estalo.
O isolamento do caminhão deixava tudo abafado, suado, tesudo.
— Achei que o garotão podia gostar de uma visita guiada — Marcos disse, rindo.
Caio deu um passo à frente, o pau já começando a encher dentro da calça.
Olhou pra Jorge, que já estava de pernas abertas, batendo devagar na própria rola com a mão pesada.
— Gosta de dividir o tanque? — Jorge soltou, voz rouca.
Caio não respondeu.
Se ajoelhou entre os dois.
A boca foi no de Marcos primeiro, como quem já conhece o caminho.
Depois virou pro lado e abocanhou Jorge, que soltou um palavrão alto, segurando a cabeça dele com firmeza.
— Porra, o moleque é bom mesmo…
Marcos se aproximou por trás, beijando a nuca de Caio, a mão firme descendo pela cintura.
Em minutos, o frentista já tava com a bunda empinada, gemendo baixo, sendo revezado entre os dois caminhoneiros como se a cabine fosse um puteiro sobre rodas.
— Vamos fazer rodízio, irmão — Jorge falou, rindo com a respiração pesada.
Marcos entrou primeiro.
Lento, fundo, até Caio morder o lençol do banco.
Depois Jorge. Com força.
Dois homens, dois paus, um frentista derretendo no meio.
A boleia tremia.
O vidro embaçado, o cheiro de gozo e suor no ar.
Caio perdeu a conta de quantas vezes gozou.
De boca cheia, de bunda aberta, de corpo entregue.
E quando os dois caminhoneiros gozeram, um em cima, o outro na boca, Caio caiu de lado, ofegante, babado, suado e feliz da vida.
Marcos acendeu outro cigarro, satisfeito.
— Melhor abastecimento da viagem.
Jorge riu, vestindo a cueca.
— E amanhã a gente parte. Mas se ele quiser mais… a estrada é longa.
Caio, com o rosto ainda entre as coxas dos dois, sussurrou:
— Amanhã eu também tô de plantão.