Três horas de estrada batida, poeira na cara, a camisa suada colando no peito, o som do caminhão cantando grosso.
Chegou no pátio da fábrica já depois das 15h.
O sol ainda estourando, o cheiro de madeira cortada e fumaça no ar.
Desceu pra fazer a entrega e viu ele:
Renan, 26 anos, operador de pátio.
Corpo magro, braço marcado de trampo, calça suja, boné virado pra trás.
Sorriso fácil, olhar direto.
E um jeito de andar que não passava batido.
— Carga de eucalipto, né? Joga lá na baia 3 — Renan disse, mascando um chiclete e secando o suor da testa com a camiseta, deixando o tanquinho brilhar no calor.
Jonas assentiu, jogou o caminhão na posição, mas o olho não saía mais dele.
Depois de descarregar, ficou encostado no para-choque, tomando uma água, quando Renan passou de novo.
— Vai pernoitar aqui no pátio? — perguntou.
— Vou. Só descarrego cedo de novo e caio no trecho.
Renan olhou em volta.
Ninguém por perto.
A voz baixou.
— Se quiser banho… tem um contêiner com chuveiro ali atrás. Ninguém enche o saco depois das seis.
Jonas não era burro.
Nem inocente.
— Vai me mostrar o caminho?
Renan sorriu.
— Só se quiser que eu esfregue as costas.
Minutos depois, o contêiner estava trancado.
A água do chuveiro batia no chão de chapa metálica.
E os dois estavam ali, nus, suados, com o cheiro da estrada e da fábrica se misturando ao tesão.
Renan ajoelhou sem hesitar, segurando no quadril de Jonas como se estivesse faminto.
— Porra… essa tora é mais grossa que as do caminhão — brincou, antes de encher a boca até o fundo.
Jonas gemeu rouco, encostado na parede quente, a mão pesada na nuca de Renan.
— Chupa, porra. Chupa direito.
Renan obedeceu com gosto.
A boca quente, a barba raspando.
O pau de Jonas latejava.
Depois virou de costas, encostou as mãos na parede de metal, empinou com a bunda toda molhada de sabão e provocação.
— Vê se carrega essa tora aqui agora.
Jonas não esperou.
Enfiou com força, socando até o fundo, o som do corpo batendo ecoando dentro do contêiner.
O chuveiro virou trilha sonora pra uma foda sem pausa.
Só soco, tapa, gemido baixo.
A madeira da fábrica do lado de fora — e o pau bruto batendo por dentro.
Renan gemeu, gozou na parede, tremendo.
Jonas veio logo depois, gozando dentro, fundo, marcando como se fosse território.
Os dois ficaram ali, ofegantes, encostados, o som da água ainda correndo.
Renan quebrou o silêncio:
— Da próxima vez, traz mais carga. Mas reserva um tempo só pra descarregar aqui.
Jonas riu, vestindo a calça sem cueca.
— Madeira tem toda semana. E tesão também.
Porra, bicho! Tesão demais! Merecia desenvolver mais!
Sem rodeios mas com excitante estilo e objetividade, dois homens quem sabem se saciar mutuamente. Gostoso conto.
Gostei, pois e bem simples comer um rabo com batatas. Quando não tiver na estrada e com tempo leia me. Teca