Corno Feliz: O Preço de Ter Lis, parte II



Quando Lis se mudou para o meu apartamento, no final de 2005, senti uma mistura de excitação e medo. Era como se meu mundo cinza, feito de rotina e silêncio, tivesse finalmente ganhado cores vibrantes demais para meu coração acostumado à monotonia.

O início foi intenso. Lis parecia viver em um estado permanente de fogo, e eu me tornava seu centro, seu alvo, sua entrega. Ela tomava a iniciativa a qualquer hora: de manhã, na cozinha; à tarde, no sofá; à noite, na cama. Eu era dominado pelos impulsos dela, pela urgência de suas mãos, pelo ritmo selvagem de seu corpo jovem e firme. Cada curva, cada toque, cada gemido me deixava entregue e vivo.

Lembro de uma manhã de domingo, ainda com o sol entrando pelas cortinas, quando senti suas mãos deslizando pelo meu peito enquanto eu tentava organizar papéis de trabalho. Antes que pudesse reagir, estava despido com ela sobre mim, sua boca deslizando no meu cacete, me chupava até tirar leite, adorava beber sem desperdiçar nada, conduzindo tudo com força, fome e precisão. Naquele momento, eu não era mais Tomas, gerente de loja de móveis; era apenas carne, desejo e submissão ao prazer dela.

Poucos dias depois, no corredor da cozinha, quando eu preparava o café, ela surgiu por trás, deslizando suas mãos por meu corpo, me puxando para o sofá. A intensidade era insana, quase inacreditável. A cada toque, eu me perdia mais. O amor carnal entre nós não era apenas físico: era dominação, posse, êxtase. Ela ria, provocava, brincava, e eu me orgulhava de ser o homem capaz de acompanhar aquela energia juvenil. Quicava no meu pau, até quando eu estava meia bomba ela dava um jeito, buceta pingando e ela sentando, nossa as vezes transávamos 4 vezes no dia, ela não parava.

Mas, aos poucos, a rotina começou a revelar as diferenças entre nós. Eu, com cinquenta anos e corpo já marcado pelo tempo, cansado após dias de trabalho e noites de sexo intenso; ela, uma mulher de trinta anos, energia infinita, desejo quase insaciável. Em 2006, percebi que o ritmo que antes era nosso fio condutor de prazer começava a me escapar.

A segunda cena de amor, alguns meses depois, já tinha um tom diferente. Ela ainda vinha com desejo, mas havia um padrão quase mecânico nos gestos. Eu a seguia, tentava conduzir, tentava corresponder, mas os olhos dela não tinham mais aquele brilho selvagem. Havia prazer, mas também uma dose de rotina. Eu me sentia ainda excitado, ainda entregava meu corpo, mas já havia a percepção de que Lis poderia estar buscando algo que eu não podia oferecer.

E então começaram a aparecer os sinais sutis. Pequenas pistas que antes eu ignorava. Um perfume diferente, uma marca discreta nas nádegas, o cheiro de outro homem em suas roupas íntimas. Primeiro, tentei racionalizar: “Ela foi ao trabalho, à academia, talvez outra pessoa na sala de musculação.” Mas o instinto me dizia que havia algo mais.

A terceira cena de sexo, já em 2008, era quase uma obrigação. Papai e mamãe, rotina mecânica, prazer quase neutro. Ela gemia baixinho, movia-se como se precisasse cumprir um compromisso, e eu tentava me envolver, mas sentia que não havia mais a mesma fome. Mesmo assim, algo dentro de mim se acendia quando notava sinais sutis de que ela havia estado com outro.

A primeira vez que percebi uma marca clara nas nádegas dela, meu corpo reagiu de forma inesperada. Um arrepio percorreu minha espinha. Um misto de ciúmes e excitação tomou conta de mim. Fiquei calado, apenas observando, deixando que a sensação penetrasse. Sentir que ela poderia ter estado com outro homem despertava em mim um prazer secreto, quase perverso.

Depois, comecei a notar outros sinais. Ela chegava da academia já tomando banho e se trocando rapidamente para casa, como se tivesse algo a esconder. Os pequenos detalhes se acumulavam: o cheiro de perfume estranho, risadas abafadas no celular, mensagens rápidas antes de desligar. Meu coração disparava, uma mistura de suspeita, ciúmes e, surpreendentemente, excitação.

As calcinhas, então, começaram a denunciar pistas. Um odor diferente, sutil, mas perceptível. Meu corpo reagia automaticamente. Um calor invadia meu peito e minha excitação aumentava. Eu sabia, mesmo sem confrontá-la, que Lis podia estar com outro homem, mas a visão, o cheiro, a suspeita, tudo isso despertava em mim uma luxúria que eu jamais admitiria em voz alta.

E eu aceitava. Aceitava porque me sentia vivo com ela, porque o orgulho de ter uma mulher tão jovem e linda ao meu lado, aos olhos de todos, superava qualquer desejo de confrontar ou controlar. Eu me resignava, mas sentia prazer secreto nessa dinâmica. Cada vez que notava sinais de infidelidade, meu corpo reagia com intensidade.

Havia dias em que eu observava, silencioso, enquanto ela se maquiava, trocava mensagens ou voltava da academia com aquele cheiro diferente. Um ciúme silencioso se misturava à excitação. Eu não podia controlar, não podia impedir. Mas havia prazer em perceber que ela podia ter estado com outro. Era cruel, talvez, mas era a realidade do meu desejo, da minha submissão silenciosa.

Entre essas descobertas e a convivência diária, Lis continuava linda, provocante, cheia de energia. Ainda havia momentos de intimidade, ainda havia sexo, mas o fogo inicial tinha se transformado em rotina e, ao mesmo tempo, em uma tensão silenciosa. Eu observava, excitação e ciúme misturados, sabendo que não podia competir totalmente com a vida dela fora de casa.

E, de alguma forma, isso me satisfazia. Sentir que ela tinha outros, mas que ainda me desejava, que ainda voltava para mim, era uma mistura de dor e prazer que me mantinha cativo. Eu era testemunha do seu fogo, mas também do meu próprio prazer em ser o homem que aceitava, que se resignava, que se excitava ao perceber que podia estar sendo traído.

Assim se passaram os anos de 2005 a 2008. O amor carnal, intenso no início, mecânico depois, quase obrigatório no final; as desconfianças, as pequenas pistas; a resignação e a excitação simultâneas. Lis continuava a mulher que chamava atenção por onde passava, e eu continuava a ser o homem que a tinha ao lado, consciente de suas falhas e das minhas limitações, mas incapaz de romper o vínculo, incapaz de resistir ao tesão que cada suspeita despertava.

O nosso relacionamento, assim, se tornou uma dança silenciosa de poder e desejo. Ela, sempre jovem, fogosa, intensa, cheia de energia e segredos; eu, homem mais velho, resignado, orgulhoso e silenciosamente excitado com a possibilidade de sua infidelidade. E mesmo sabendo que Lis podia estar com outros, nunca deixei de querer estar ao lado dela.

Foto 1 do Conto erotico: Corno Feliz: O Preço de Ter Lis, parte II


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Comentários


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daisymargarida Comentou em 16/09/2025

OI Tomas, adorei seus dois contos. me parecem ser bem reais... gosto disso. sem tantas acrobacias e tantos delírios... é isso. se quiser conversar, sou tbm um setentão... creio que temos a mesma idade... 73. tfa

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skarlate Comentou em 16/09/2025

Colossal




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Ficha do conto

Foto Perfil esposaaventureira
esposaaventureira

Nome do conto:
Corno Feliz: O Preço de Ter Lis, parte II

Codigo do conto:
242567

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
16/09/2025

Quant.de Votos:
5

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