Fomos embora e nunca mais nos falamos. Mantive minha vida e minha fidelidade em São Paulo, mas agora, quatro anos depois, Fred decidiu nos trazer de volta à mesma cidade. A memória de Gil me consome e eu estou louca para reencontrá-lo."
Agora em 2025 -
O asfalto que liga São Paulo ao coração das serras mineiras parece uma serpente negra que me conduz de volta ao epicentro do meu maior segredo. Estou inquieta, sem lugar dentro desse carro, apesar de todo o luxo que nos rodeia. O ar-condicionado está no máximo, mas eu sinto uma combustão interna que começou no momento em que Fred sugeriu voltarmos para aquela cidade de pedras seculares e ladeiras que guardam o eco do ciclo do ouro. Para ele, é uma viagem de descanso; para mim, é uma descida ao meu próprio abismo.
Desde aquele dia em 2020, eu nunca traí meu marido. Vivi os últimos quatro anos como a esposa perfeita, a economista focada, a parceira leal na previsibilidade de São Paulo. Mas a verdade é que, embora meu corpo tenha permanecido fiel, minha mente se tornou um território ocupado. O balanço suave do carro na estrada é o gatilho. Encosto a cabeça no vidro, fecho os olhos e, em segundos, a realidade do couro e da tecnologia desaparece, dando lugar ao cheiro de terra úmida e ao som das águas que cortam as montanhas de Minas.
Eu tenho tido sonhos demais com ele. Sonhos que são mais reais que a minha vida cotidiana. No meu inconsciente, o Gil não é o guia que mantém a distância profissional; ele é o homem que me desintegra. No sonho, sinto novamente a firmeza daquelas mãos calejadas, mãos que conhecem a textura de cada trilha e a resistência de cada rocha. Ele me pega com uma força bruta, sem as etiquetas da cidade. Ele me vira de costas com um movimento decidido e **puxa meu cabelo com força**, fazendo meu pescoço estalar e meus olhos encontrarem o horizonte vasto das serras antes de ele me obrigar a olhar apenas para ele.
Não há frescura no meu sonho, assim como não houve naquela tarde proibida. Sinto o impacto do seu corpo contra o meu, o calor da sua pele morena, marcada pelo sol das montas, queimando a minha. Ele posiciona aquela **rola grossa, latejante e escura** na entrada da minha intimidade, que já está em chamas de antecipação. E então, ele **mete com uma força animal**, uma estocada profunda que parece querer alcançar o centro do meu ser. O ritmo é frenético, uma cadência de posse absoluta. Cada batida do quadril dele contra o meu é um trovão que ecoa nas paredes de pedra da cachoeira. Ele me usa com uma vontade primitiva, e eu me agarro aos seus ombros largos, sentindo a musculatura sólida das suas costas enquanto ele me mantém suspensa, me estocando sem piedade, me fazendo gozar em ondas violentas que me deixam sem ar e sem identidade.
No sonho, ele me deita nas lajes de pedra aquecidas pelo sol mineiro. Ele se ajoelha entre minhas pernas e **chupa minha buceta com uma fome devoradora**, sua língua áspera encontrando cada terminação nervosa, ignorando meus pedidos de clemência. Eu me contorço, as unhas cravando na areia da prainha, enquanto ele me domina. E quando o ápice chega, ele se eleva sobre mim, magnífico em sua virilidade rústica, e se masturba me encarando com aqueles olhos que viram séculos de história nas pedras. Sinto meus **seios ficarem todos cobertos, gozados com sua porra farta, quente e grossa**, um mapa de luxúria branca sobre a minha pele bronzeada. É o batismo do desejo que eu escondo sob meus vestidos caros. Sonho ele me pegando de quatro, socando enquanto me bate, me fazendo gemer alto, fico alisando meu cuzinho imaginando ele me preenchendo com vontade me mordendo, quero chupar seu pau enquanto ele me sufoca.
Acordo sobressaltada quando o carro passa por um calçamento de pedras irregulares. Já estamos entrando nos limites da cidade histórica. O casario colonial, com suas janelas coloridas e igrejas barrocas, parece me observar com o julgamento de quem já viu muitas paixões proibidas nascerem e morrerem ali. Fred sorri, alheio: "Lembra desse caminho, amor? Quanta saudade daqui". Eu assinto, mas minha garganta está seca.
A ansiedade é uma dor física. Como vou esconder o tremor nas mãos quando passarmos pela praça onde os guias se reúnem? Naquela primeira viagem, Gil foi o ápice do profissionalismo. Ele manteve a distância, respeitou meu marido, guardou sua energia até que eu não aguentasse mais. Fui eu quem rompeu a barreira. Eu me joguei nos braços dele, eu provoquei, eu busquei o perigo. E, quando ele finalmente entendeu que eu não queria apenas um guia, mas o homem por trás do arquétipo, ele me possuiu até me exaurir, até que eu não tivesse mais forças nem para falar.
Abro o Instagram dele com o dedo trêmulo. Gil raramente posta fotos de si mesmo. O perfil é um mural de silêncio: o pôr do sol na Serra do Espinhaço, o brilho de uma cachoeira escondida, o detalhe de uma planta nativa. Nenhuma selfie, nenhuma pista sobre quem divide a cama com ele hoje. Será que ele ainda é guia? Será que ele ainda tem aquele jipe que cheirava a aventura?
Mais do que tudo, o que me consome é a dúvida: será que ele pensa em mim? Será que, ao passar por aquela prainha isolada onde as águas são esmeralda e o tempo para, ele também sente o fantasma do meu corpo? Eu nunca traí Fred em atos nesses quatro anos, mas agora, sentindo o ar puro e rarefeito das montanhas, percebo que fui infiel em cada pensamento.
Estamos parando em frente ao hotel, um antigo casarão restaurado. O biquíni laranja está na minha mala, como um amuleto de guerra. Eu preciso falar com ele. Preciso saber se o Gil que me possuiu com raiva e adoração ainda existe, ou se ele se tornou apenas mais uma das lendas que assombram as noites dessa cidade histórica. Enquanto Fred faz o check-in, eu me afasto para o jardim, respiro fundo o cheiro do mato e, finalmente, crio coragem para digitar o que meu corpo grita há quase meia década.
Até agora ele não falou nada sobre guias, até porque todas as atrações estão abertas. Estou muito ansiosa.
To com o instragran aberto vendo quando ele fica online, mas nunca fica, nossa que loucura....




