Silas era o mestre da espera. Ele só a chamou dois dias depois, com uma mensagem simples: “Preciso de mais tempo. Me encontre na sua casa de campo, quinta-feira. Sozinha. Eu sei que Vane não estará lá.”
A mensagem era uma ordem. Isabella não deveria ter aceitado. Mas a audácia, o fato de ele saber a agenda do marido e o tom de comando a acenderam. Ela era dominada por Arthur Vane, mas, de repente, sentia-se desejada por Silas.
Na quinta-feira à noite, sob a luz da lua, o carro de Silas parou na entrada da mansão de campo, um lugar onde Isabella se sentia mais sozinha do que na cidade. Silas não esperou que ela o convidasse para entrar. Ele a encontrou na varanda, e o beijo foi a antítese de seu primeiro contato: violento, faminto, feito para arrancar o fôlego.
— Você não me chamou aqui para jogar conversa fora, Isabella — rosnou ele contra a boca dela, a mão dela agarrando o tecido de sua camisa.
— Eu não sei o que estou fazendo — ela sussurrou, a voz se quebrando.
— Sabe, sim. Está me usando para quebrar a única regra que Arthur Vane impôs a você: a fidelidade. E eu vou te ajudar — disse Silas, a voz carregada de veneno, que para ela soava como devoção.
Ele a empurrou delicadamente contra a coluna de pedra fria da varanda, contrastando o calor da boca dele. Ele não desabotoou o vestido de seda simples que ela usava. Em vez disso, ele o rasgou, começando pela fenda na coxa. Não com fúria, mas com a precisão fria de quem rasga um contrato inútil.
O ato não foi para ser confortável. Era para ser urgente.
Silas não a levou para dentro. Ele a dominou ali mesmo, de pé, na escuridão perfumada por pinheiros. Ele a fez sentir cada toque, cada músculo do corpo dele contra o dela. Os gemidos dela eram abafados, mas altos o suficiente para quebrar o silêncio daquela propriedade vazia. O luxo de seu casamento foi trocado pela selvageria do desejo roubado.
— Você é minha. Por essa noite, você quebra todas as regras dele por mim — ele ordenou, a voz grave, e ela se entregou completamente àquele controle.
Isabella, pela primeira vez em anos, se sentiu viva, não admirada. Sentiu-se consumida.
E era exatamente esse vício que Silas precisava criar. A cada toque, a cada entrega, ele não estava apenas traindo Vane; ele estava ligando a alma de Isabella à dele com o prazer, transformando o corpo dela em um cofre de segredos que ele estava prestes a arrombar.
Quando tudo acabou, ele a segurou, não com ternura, mas com possessividade.
— Agora, me conte — ele sussurrou, acariciando o cabelo molhado dela, o tom voltando a ser profissional. — O que Arthur Vane esconde sobre o filho dele?
Isabella, drogada pelo êxtase e pela vulneração de suas regras, mal hesitou. A primeira peça da armadura de Vane havia sido conquistada.