Maria demorou mais a se mover. Ela permaneceu na escuridão do corredor, chocada e excitada. A força de Paulo, o jeito que ele a tratou, a possessividade... tudo a atingiu como um golpe. Ela se sentiu uma criança e uma mulher ao mesmo tempo. Ao chegar ao seu quarto, ela se despiu da camisola de seda, jogando-a no chão. Deitada, ela tentou se focar no teto, mas o aroma de uísque, tabaco e suor que ela havia imaginado em Paulo no jantar era agora uma imagem vívida em sua mente. Ela tocou a si mesma, as cenas do quarto se repetindo como um filme. A atração era avassaladora, e ela soube: não iria mais esperar por pretextos.
A mansão adormecia, mas os segredos e desejos de seus herdeiros estavam agora despertos, prontos para a ação. O fogo havia sido aceso, e a primeira linha da moralidade fora totalmente queimada.