O corredor do andar de cima estava abafado, um forno silencioso. Lucas caminhava devagar, pisando nas pontas dos pés, não por respeito, mas por hábito de caçador. Quando ele passou pela porta da suíte máster, no fim do corredor, ele parou. O som foi inconfundível. Cleck. O barulho seco de metal contra metal. A chave girando na fechadura. Lucas sorriu. Seus pais tinham acabado de se trancar. Num domingo à tarde. Ele sabia exatamente o que aquilo significava: a "lei" estava suspensa pelas próximas duas horas. Ninguém sairia daquele quarto. A casa era terra de ninguém. Com essa certeza pulsando no peito, ele recuou até a porta de Marina. A maçaneta não estava travada; a porta estava apenas encostada, deixando uma fresta ridícula, um convite silencioso. E o som que vinha de dentro... Puta merda. Não era música. Eram gemidos. Abafados, picotados, mas urgentes. A combinação do clique da porta dos pais trancada com os gemidos da irmã no quarto ao lado fez o sangue de Lucas descer direto para a virilha. O coração disparou, batendo na garganta. Ele empurrou a porta com a ponta do dedo. A visão fez ele perder o ar. Marina estava deitada de bruços, o vestido florido todo embolado na cintura, a bunda empinada. A calcinha branca já estava jogada de lado no tapete. Ela não estava apenas "se tocando"; ela estava se esfregando contra o colchão com uma vontade desesperada, a mão direita enfiada no meio das pernas, os dedos trabalhando rápido, sem dó. Ela estava com fones, mas um lado tinha caído e pendia frouxo. O som vazava para o quarto, misturado com a respiração ofegante dela. Lucas entrou e, com a audácia de quem sabe que os "guardas" estão ocupados, girou a chave na porta dela também. O clique foi encoberto por um gemido mais alto que Marina soltou, afundando o rosto no travesseiro. Ele chegou perto da cama. Ele precisava ver o que deixava a "irmãzinha" daquele jeito enquanto os pais faziam o mesmo no fim do corredor. Ele se inclinou sobre ela, os olhos fixos na tela do celular apoiado no travesseiro. Quando Lucas viu o vídeo, ele travou. O pau dele, que já estava duro, latejou com força. Não era pornô de internet. Era o quarto ao lado. A câmera tremia um pouco, filmando de cima de uma estante. Na tela, o pai dele, o Rogério, estava socando a mãe dela, a Cláudia, por trás. Sem carinho, sem papo furado. Era sexo sujo, animal. O som que saía do fone caído era o barulho de pele batendo contra pele e a mãe dela xingando, pedindo mais. A cabeça de Lucas girou. Caralho. A Marina estava batendo uma vendo os pais deles transarem, enquanto eles provavelmente estavam repetindo a dose naquele exato momento, a dez metros dali. A hipocrisia daquela casa foi pro lixo naquele segundo. Todo mundo ali era podre. E Lucas adorou isso. Ele se abaixou bem devagar, até a boca roçar na orelha dela, sentindo o cheiro de suor e tesão que subia do corpo dela. — Aproveitando que eles se trancaram no quarto, Marina? — ele sussurrou, a voz rouca, grave. Marina deu um pulo na cama como se tivesse levado um choque. Ela virou de barriga pra cima num reflexo, tentando puxar o vestido pra se cobrir, mas estava tão atordoada que o celular voou da mão dela e caiu no tapete. O vídeo continuou rodando. — Lucas! — Ela estava vermelha, suada, o peito subindo e descendo rápido. — Você... Sai daqui! Lucas não saiu. Ele riu, um som baixo e perigoso. — Eu ouvi a chave deles girando agora mesmo, Marina. — Ele apontou para a parede que dava para o corredor. — Eles se trancaram lá pra foder. E você correu pra cá pra ver o replay? Ele caminhou até o celular no chão, pegou o aparelho onde o pai dele continuava estocando a madrasta, e depois olhou pra Marina com um desejo escuro. — Maluca... — ele disse, chegando perto da cama, invadindo o espaço dela. — A santinha da casa se tocando vendo a mamãe dar pro meu pai? Que fetiche é esse? — Me dá isso! — Ela tentou pegar o celular, mas Lucas levantou o braço. — Nem fodendo. — Ele jogou o celular na cama, bem entre os dois. — Olha pra isso. Eles são uns animais. E eles estão fazendo isso agora mesmo. Você sabe. Eu sei. Ele subiu na cama, engatinhando por cima dela, prendendo as pernas dela com os joelhos dele. Marina parou de lutar. O fato de os pais estarem trancados tirava o medo do flagra e deixava só a vergonha e o tesão. — Você gravou isso? — ele perguntou, segurando os pulsos dela contra o colchão. — Não... tava no tablet... — ela gaguejou. — É gostoso ver eles? — Lucas provocou, roçando o nariz no pescoço dela. — Te deixa molhada saber que eles são uns pervertidos e estão trancados lá no fim do corredor agora? — Lucas... para... — Eles não vão ouvir, Marina. Eles estão ocupados demais — ele rosnou, mordendo o lóbulo da orelha dela. — A porta deles tá trancada. A sua também. Ninguém vai salvar você. Ele soltou uma das mãos dela e desceu direto para o meio das pernas dela, que estavam encharcadas. Marina arfou, jogando a cabeça pra trás, entregue. — Se eles podem fazer essa sujeira lá... a gente pode fazer aqui — ele sussurrou na boca dela, antes de beijá-la com força, selando o pacto de silêncio e pecado daquela tarde de domingo.
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