"Se for para ser 'adulto'", ele sussurrou, a voz tensa e profunda, "tem que ser como eles."
"Como você acha que eles fizeram?", Joana provocou, deslizando a camisa para fora dos ombros. A atração entre eles era agora um jogo de performance.
Marcos não respondeu com palavras. Ele avançou e a empurrou suavemente para trás, fazendo-a cair sobre a cama arrumada da mãe. Joana riu, um som abafado e perigoso. O colchão era macio, mais macio do que o dela ou o dele, e era como se o conforto de luxo da mãe os estivesse convidando à rendição.
Marcos subiu sobre ela, e a primeira coisa que fez foi beijá-la com uma urgência que faltou na pressa de sua última vez. Ele explorou a boca dela com uma intensidade que sugeria que ele estava tentando encontrar o sabor do "estranho" que a mãe recebera.
"Ele beijou você assim?", Joana perguntou, a voz ofegante, as mãos rasgando a camiseta dele para fora.
"Eu não vi os beijos", Marcos respondeu, a voz rouca, o corpo se esfregando no dela. Ele beijou o pescoço dela com a mesma avidez que ele imaginou que o homem tinha usado. "Eu vi... o ritmo."
Ele começou a se mover contra ela com a lentidão e a cadência que ele lembrou ter ouvido através da porta. O ato de imitar o ritmo da mãe no "palco" deles adicionou uma camada excitante de voyeurismo e proibição. Joana gemeu, mas o som foi contido, abafado pela cama de luxo e pela mão dele que, por reflexo, pressionou a boca dela.
"Silêncio", ele ordenou, o perigo sendo o maestro de seu prazer.
Joana assentiu com os olhos ardentes. Ela agarrou as costas dele com força, puxando-o para baixo enquanto os movimentos dele se tornavam mais profundos e mais ousados. Eles eram agora um só, no meio do quarto da mãe, absorvendo o risco do ambiente.
Marcos beijou a pele dela. O cheiro de Joana misturava-se com o perfume floral da mãe que impregnava os lençóis. A sensualidade da cena era a justaposição de seu próprio segredo com o segredo que os cercava. A excitação era insana.
Ele parou um instante e olhou ao redor, os olhos fixos no guarda-roupa espelhado. Ele se viu com Joana, os corpos nus e entrelaçados na cama da mãe. A visão era um choque erótico.
"Olha", ele ofegou, apontando para o reflexo. "O que eles viram."
Joana seguiu o olhar dele e viu a si mesma: a pele suada, os cabelos desgrenhados, o corpo entrelaçado ao do irmão. A culpa estava ausente. Havia apenas a beleza proibida de sua transgressão. A curiosidade havia sido satisfeita. O segredo da mãe os tinha transformado.
Ela sorriu, e o sorriso era puro desejo. "Agora somos nós", ela sussurrou, e o som foi engolido pelo instante.
O ritmo recomeçou, mais intenso, mais rápido do que a batida que Marcos tinha ouvido na outra madrugada, mas com a fúria da proibição. Eles eram o caos na ordem da mãe, o segredo mais profundo na superfície impecável da família.
Quando o clímax os atingiu, Joana apertou a mão de Marcos, não para calar o som, mas para compartilhar a intensidade.
Eles ficaram ali por um momento, ofegantes e silenciados, a cumplicidade entre eles mais densa do que nunca. Eles tinham se tornado a versão mais ousada do segredo da mãe.