Joana e Marcos estavam no meio da sala de estar, a única luz vinda da rua. Eles estavam abraçados no sofá, os corpos entrelaçados.
"Eles estão na cozinha", Marcos ofegou, o pânico e o prazer misturados em sua voz.
"Agora", Joana sussurrou de volta, a mão puxando-o para baixo com uma fúria desesperada. "O nosso segredo. Mais alto que o dela."
O ato deles foi imediato e intenso. Marcos estava sobre ela, o movimento rápido, a fricção desesperada dos corpos no sofá de couro. Joana não tentou se esconder. Ela usou o corpo de Marcos como um escudo e, em vez de fechar os olhos, ela os manteve fixos na porta da cozinha – o portal para o perigo.
A sensualidade era toda construída no desafio. Ela estava no ápice da vulnerabilidade física, mas completamente no controle da situação. Cada toque de Marcos era uma resposta ao risco, e o olhar dela para a porta era a prova de que a proibição era o seu afrodisíaco.
A pressão era insuportável. Eles ouviram passos lentos e contidos no corredor, a voz baixa de Helena, e a voz rouca e jovem de Gabriel. Eles estavam a poucos metros.
Joana, no auge do desejo, sorriu, um sorriso selvagem e vitorioso. Ela agarrou o cabelo de Marcos e o puxou para perto, os lábios próximos ao ouvido dele.
"O segredo deles é só uma mentira, Marcos", ela ofegou. "A nossa é a verdade."
O uso da palavra "mentira" no momento da luxúria elevou a transgressão. A urgência era total. Eles não se importavam mais com o som; importavam-se apenas em cruzar a linha final antes que a mãe o fizesse.
A sombra alongada de dois corpos passou rapidamente pela fresta da sala de jantar, rumo às escadas. Era Helena e Gabriel, subindo para o quarto. Eles não viram os irmãos, mas a presença deles saturou o ar com um risco total.
No instante em que a sombra sumiu na escada e a porta do quarto de Helena se fechou no andar de cima, o clímax atingiu Marcos e Joana com uma força silenciosa e violenta. Eles tinham vencido o jogo.
Caíram, ofegantes, os corpos unidos, o coração batendo em uníssono. A excitação do risco era a maior droga que já haviam experimentado.
"Viu?", Joana sussurrou, a voz rouca, o corpo trêmulo. "A gente é melhor. O segredo deles nos libertou, mas o nosso nos protegeu."
Marcos a abraçou com força. Eles tinham tido o seu show, no centro da casa, provando que o laço proibido entre eles era a única verdade. Eles eram a cumplicidade perfeita.
SE ESTÁ GOSTANDO, VOTE PARA AJUDAR... SE TIVER ALGUMA IDÉIA DE PRA ONDE VAI A HISTÓRIA, COMENTA AI...