Rafaela, gêmea de Silas, chega ao lago com o cabelo molhado e os olhos brilhantes de energia. Ela havia acabado de participar de uma atividade aquática no clube do resort e, ao ver a mãe e o irmão sentados na areia, decide se juntar a eles. Sua expressão inicial é de curiosidade, mas logo se transforma em uma mistura de perplexidade e... algo mais.
— Oi, mãe. Silas — cumprimenta, sentando-se um pouco distante, mas visivelmente alerta ao clima entre os dois.
Joana sorri gentilmente, ajustando sua postura para incluir a filha na conversa sem abandonar a delicadeza do momento.
— Rafaela, que bom que veio. Estava falando com Silas sobre como estamos vivendo essas mudanças... Como adultos, agora. É uma fase nova, e quero ouvir o que acham disso.
Rafaela cora levemente, balançando os cabelos úmidos para trás, como se quisesse esconder o rubor de sua face. Ela respira fundo antes de falar, como se estivesse prestes a confessar algo que poderia mudar a atmosfera do momento.
— Eu... eu estou louca por um cara que estava na piscina comigo hoje — diz, com voz hesitante, mas firme. — Ele é mais velho, sabe? Tem uns vinte e tantos anos, e parece bem confiante. Conversamos um pouco, e ele me fez sentir... especial. Como se eu fosse alguém que merecia atenção.
Joana sorri, mas há uma leve tensão em seus olhos. Ela entende o impacto dessas descobertas iniciais da juventude, especialmente quando envolvem alguém fora do círculo familiar.
Rafaela para de mexer os dedos na areia e olha para a mãe com uma expressão que mistura inocência e curiosidade. Ela hesita por um instante, como se pesasse as palavras, antes de perguntar:
— E... o que você faria se não tivesse nenhum impedimento, mãe?
O silêncio se estende por alguns segundos, que parecem durar horas. Silas, que até então escutava em silêncio, mantém os olhos fixos na mãe, esperando pela resposta. Joana respira fundo, consciente do peso da pergunta. O vento continua a soprar, mas agora parece carregar uma tensão nova, quase palpável.
Ela sorri levemente, como se estivesse escolhendo as palavras certas.
— Eu me permitiria sentir sem limites — diz, com delicadeza.
Rafaela revela que foi convidada para jantar na suíte de um homem mais velho, o que faz com que a conversa ganhe um tom ainda mais intenso. A ideia de experimentar viver sem limites começa a ecoar entre os três, criando uma tensão que mistura curiosidade, desejo e insegurança.
Rafaela puxa o vestido molhado para baixo, como se quisesse se proteger de algo invisível, mas seus olhos brilham com uma mistura de nervosismo e excitação.
— Ele me convidou pra jantar na suíte dele... — sussurra, como se temesse ser ouvida por alguém além delas duas. Sua voz vacila levemente, mas há um tom de desafio nela também.
A mãe a observa com atenção, sentindo o peso das palavras pairarem no ar. Havia algo na forma como Rafaela falava, algo entre a inocência perdida e a sedução adormecida.
— E o que exatamente ele disse sobre essa experiência? — perguntou, com cuidado, mantendo a postura calma, mas alerta.
Rafaela engole em seco, seus dedos roçam levemente o colo, como se estivesse imaginando a pele do homem contra a sua.
— Ele disse que seria só uma noite... que eu poderia experimentar o que quisesse — diz, com voz mais firme agora. — Que eu poderia sentir algo diferente, algo que nunca imaginei.
A mãe, sentada ao seu lado, aperta os lábios, mas não desvia o olhar. Há uma tensão entre elas, quase palpável, como se aquela conversa pudesse quebrar todas as barreiras que sempre separaram mãe e filha. O irmão, atrás da mesa, mantém-se quieto, observando, como se soubesse que algo está prestes a mudar.
— E o que você vai fazer?
A porta para o gostoso convite ao pecado difícil demais de resistir