O Dilema de Joana. (03) - O Plano de Joana

A conversa entre mãe e filha se torna cada vez mais íntima, enquanto Silas, o irmão, percebe que a dinâmica familiar está prestes a mudar. A ideia de viver sem limites começa a tomar forma, desencadeando uma série de emoções e desejos que nem mesmo as próprias personagens conseguem controlar.

Rafaela fita a mãe nos olhos, como se estivesse buscando aprovação, ou talvez apenas compreensão.

— Eu... eu não sei — murmura, mas há uma chama em sua voz, uma combinação de medo e desejo. — Mas ele me fez sentir... diferente. Como se pudesse haver outro lado de mim, algo que ainda não conheço. E talvez... talvez seja isso que quero descobrir.

A mãe sorri tristemente, sentindo o peso das palavras. Ela sabe que, às vezes, os caminhos mais inesperados são os que levam ao crescimento. Mas também sabe que alguns passos só podem ser dados quando se tem coragem suficiente para enfrentar as consequências.

Joana, em um momento de transparência e curiosidade, propõe que Rafaela tenha seu primeiro encontro romântico na suíte da família, criando uma situação ambígua e intensa que afeta todo o núcleo familiar.

Joana respira fundo, como se estivesse decidindo algo importante. Seus olhos brilham com uma mistura de desejo e preocupação.

— Se você quer experimentar, então faça isso aqui — diz, com uma voz suave, mas determinada. — Na nossa suíte. Não em um hotel, nem em um lugar desconhecido. Aqui, onde você se sente segura.

Rafaela decide confrontar o homem que a convidou, mostrando coragem e curiosidade. A proposta de Joana de realizar o encontro na suíte da família cria uma tensão crescente, deixando todos os presentes em um limbo emocional.

Rafaela levanta-se abruptamente, como se precisasse de movimento para lidar com a decisão que tomara. Ela pega o celular e, após alguns segundos de hesitação, envia uma mensagem rápida. A espera é quase insuportável, mas ela não desiste. Em minutos, recebe uma resposta.

A resposta dele traz uma mistura de surpresa e interesse, deixando a situação ainda mais intensa e incerta.

O celular vibra em suas mãos, e Rafaela abre a mensagem com o coração acelerado. O homem escreveu: Você está brincando, né? Porque eu achei que era sério.

Ela respira fundo, o coração batendo forte.

— Não estou brincando — responde, com uma voz que tenta soar firme, mas que trai um pouco de insegurança. — Quero que seja aqui.

O convite de Rafaela para o encontro na suíte da família surpreende o homem, que demonstra interesse genuíno. Enquanto isso, Joana e Silas observam em silêncio, sentindo o peso do que está prestes a acontecer.

O homem responde rapidamente: Então vamos lá. Me avise quando for pra chegar.

Rafaela fecha o celular, o coração pulsando com uma mistura de ansiedade e expectativa. Ela volta para junto da mãe e do irmão, mas não consegue manter o olhar fixo neles.

— Ele aceitou — diz, com uma voz quase inaudível. — Vai vir aqui.