No início, a adrenalina era pura. A busca por "outras rolas" era nosso jogo mais excitante. Eu era o especialista em cacete, analisando perfis em sites de swing, filtrando e apresentando os “candidatos” para a minha linda e antes recatada esposa. A excitação de compartilhar as fotos, de ver Renata – a mãe dos meus filhos – comentar sobre o volume, o comprimento e o potencial de gozo de um estranho, me dava ereções de aço. Era prazer puro, a fantasia em sua fase de controle total. Era bom ver ela sentando em várias rolas, olhando pra mim, me xingando de corno, enquanto rebolava na rola dos machos ficar falando que me ama, isso me deixa alucinado.
O problema é que eu não apenas libertei minha esposa; eu despertei uma ninfomaníaca dentro dela.
Renata, antes insegura com a pulseira de "apenas assistir", agora é uma mulher que não tem mais limites. O que era um fetiche, uma experiência controlada, virou uma obrigação para mim, o “abastecedor de machos”. Meu papel mudou de produtor de fantasia para mera logística.
A diferença é brutal, e eu me pergunto, olhando para o teto à noite: algum outro marido que se entregou ao cuckolding já se sentiu assim, esvaziado pelo próprio sucesso?
No começo, eu adorava ser o "marido troféu" que a entregava. Mas agora, três anos depois, o controle se inverteu. O sorriso dela ao me contar sobre a performance de um novo amante não me excita mais tanto; ele me impõe a aceitação. Porque ela não me conta, eu só sei que ela deu, porque chega exausta e dorme, ou cheirando porra.
Renata não precisa mais da minha permissão.
Ela tem dois amantes fixos – João e Ricardo. Ela combina os encontros, gerencia a agenda e, pior, às vezes simplesmente sai, e eu só descubro quando ela volta, cheirando a outro perfume e com o corpo exausto de satisfação. O cuckolding virou um caso de infidelidade consentida onde o consentimento se tornou uma mera formalidade. Já até falei com ela, ela sempre ri e ignora.
O nosso sexo, que antes foi revitalizado pela fantasia, agora é a minha recompensa por ser um bom "corno manso". A ereção ainda vem, mas ela não é mais impulsionada pelo tesão da caça, e sim pela lembrança do que ela fez na hora anterior com outro homem.
Quando transamos, ela me atiçava: "Seu cacete é gostoso, mas o do João é muito mais grosso, amor. Por que você não me deu ele antes?" Eu sinto ciúme, raiva e uma pontada de desespero, mas o desejo de ser corno ainda é forte o suficiente para me fazer aceitar e até implorar por mais detalhes.
outros maridos já passaram por isso? Você continuaria a acatar a ninfomania da sua esposa, ou tentaria renegociar o que começou como um jogo e se tornou uma imposição?
Hoje, sou um corno manso. Eu não escolho, eu aceito. Aceito os telefonemas tarde da noite, as saídas súbitas, e o fato de que a minha esposa, a mulher que tanto amo, pertence à sua própria libertinagem. Ainda nos curtimos, o amor conjugal está ali, mas ele é agora o pano de fundo para um estilo de vida que me obriga a ser o "coadjuvante" na vida sexual dela.
A excitação do "corno manso" se baseia agora em pequenas migalhas de controle: talvez ver as fotos que ela manda para os amantes, ou chupar a buceta dela minutos depois que ela gozou na rola de outro.
Sinto que o meu fetiche, que deveria ter sido uma adição ao nosso casamento, se tornou a regra. E, no fundo, eu sei: fui eu que abri essa porta. Eu criei a ninfomaníaca que hoje me domina, e estou apaixonado demais por ela para sequer cogitar fechá-la. O preço do meu desejo foi a minha liberdade.
Este é o preço da submissão e da entrega aos sentimentos efêmeros paixão, tesão, atração ou apenas a consciência da incapacidade de satisfazer o desejo e a volúpia da esposa, comum em todo corninho.