Ele não esperou. Ele tirou o paletó e o jogou sobre um sofá de seda.
Artur: — Chega de formalidades. Tire esse vestido, Helena. Quero te ver sem ele.
Não era um pedido. Era uma ordem. Helena sentiu um arrepio. Ela estava cansada, culpada, mas havia algo na voracidade dele que a atraía. Era a atração pelo perigo, pelo proibido.
Artur a agarrou pela nuca, puxando-a para um beijo que era intenso e dominador. Não havia ternura; havia posse. O beijo era a afirmação dele de que ela havia feito a escolha certa, e que agora ele a reivindicava.
Artur: Você me pertence. — Ele sussurrou isso contra a boca dela, a voz grave e autoritária.
Ele a guiou pela mão até a varanda, onde as luzes da cidade brilhavam como um mar de joias. O vento frio da noite contrastava com o calor possessivo de Artur.
Ele a virou de costas para si, e seus lábios encontraram a pele quente logo abaixo da orelha dela.
Artur: O diamante é lindo, mas é apenas um símbolo. Eu prefiro o original.
As mãos dele deslizaram com firmeza pelos ombros dela, apertando-a contra o seu corpo. A pressão de seus dedos na seda do vestido dela dizia: Você é minha, em todos os sentidos. Helena estava ofegante, sentindo-se esmagada e exaltada ao mesmo tempo. Era a prova de que ela estava no topo.
Ele gentilmente puxou a alça fina do vestido para o lado, expondo a curva do seu ombro.
Artur: Me diga que você é minha, Helena. Diga que aceitou o meu mundo.
Neste momento de intensa tensão e rendição, com o corpo de Helena arqueado sob o peso possessivo de Artur, o silêncio foi quebrado por um ruído eletrônico:
PIN-G!
O tablet de Artur, que estava no aparador, acendeu. A luz da notificação, fria e azul, iluminou a borda da tela.
Artur gemeu, irritado, a respiração pesada.
Artur: — Inferno. Não podem me deixar em paz por cinco minutos?
A possessividade e o calor sensual desapareceram instantaneamente, substituídos por uma frieza de CEO. Ele se afastou dela, que ficou parada na escuridão, com o vestido escorregando. O toque dele havia sumido, e a atração perigosa se quebrou.
Artur agarrou o tablet. A luz fria da tela iluminou seu rosto, e Helena viu a satisfação se transformar em pavor e, em seguida, em uma fúria mortal, ao ler o email de Vargas.
A intimidade da varanda tinha sido totalmente destruída pelo peso do crime de Bruno. O diamante no pescoço de Helena, que acabara de simbolizar a posse, agora era apenas um peso frio.