“Isso não pode estar acontecendo comigo.”
“Mas aconteceu.”
“E se acontecer de novo?”
Minha cabeça girava em círculos. Uma parte de mim dizia que eu estava me metendo em algo perigoso, que seria só mais uma razão para virar alvo de piadas. Outra parte, mais íntima, mais teimosa, lembrava do calor do corpo dele, da sensação de finalmente ser visto.
A noite chegou, e com ela o silêncio dos outros colegas dormindo. Fiquei no quarto, mexendo no celular sem prestar atenção em nada. Ele entrou, jogou a mochila no canto e deitou na cama, como se fosse apenas mais um dia comum.
Mas os olhos dele não mentiam. Havia algo ali, uma faísca silenciosa.
Tentei me ocupar, mas sentia o peso do olhar. O tempo parecia alongar cada segundo. Até que ele se aproximou, devagar, como quem não queria assustar.
— Tá tudo bem? — perguntou, com a voz baixa.
Assenti, mas a mentira estava estampada no meu rosto. Ele riu de leve, não de deboche, mas como quem entende sem precisar de palavras. Encostou a mão no meu braço, simples, um gesto mínimo — mas em mim foi como se ligasse um interruptor.
Meu corpo respondeu antes da minha cabeça. O jogo começou outra vez: o toque que se prolongava, o silêncio cheio de significado, a respiração que acelerava.
E eu cedi.
Não lutei, não tentei me justificar. Deixei acontecer. O nervosismo estava lá, claro, mas diferente daquela festa que virou pesadelo. Agora não havia cobrança, só desejo e cuidado.
Beijos tímidos viraram beijos urgentes. Carícias se transformaram em fogo. E mais uma vez me entreguei inteiro, como se naquela cama houvesse um mundo secreto só nosso. Nos livramos das roupas, meu cacete, hiperduro, não escondia o tesão. Ele, já com o seu em riste me convidando, me fez cair de boca. Chupei, lambi, beijei, babei naquela rola suculenta que me deixava maluquinho. Eu sugava com vontade, enfiando até a garganta, até que ele me virou.
Deitado, senti o peso dele sobre mim, firme, como quem me possuía por inteiro. Sua língua procurava meu cuzinho, e eu rebolava em sua boca, gemendo abafado. Era estranho e excitante ao mesmo tempo. Não havia espaço para vergonha — só para a sensação de ser guiado, cuidado e dominado. E eu cedia, não com medo, mas com uma confiança que nascia no calor da pele. Então senti mais uma vez o gel invadir meu cuzinho e logo em seguida seu pau entrando sem muita dificuldade. Eu, totalmente entregue, empinava minha bundinha enquanto seu cacete me preenchia. Que sensação incrível! Logo senti seus braços me apertando, me abraçando, e suas metidas em ritmo lento, sua boca no meu pescoço. Eu gemia, me perdia, me consumia em um prazer fora do normal. Sentia-me amado, sentia-me completo. Cheguei a morder seu braço para não gritar, mas às vezes escapava: “Isso, meu homem, me come, me fode, me faz sua, me faz feliz, eu quero seu pau.”
Em outro momento, ele me virou, conduzindo-me com naturalidade, como se dissesse em silêncio: “Deixa comigo.” E eu deixei. Era novo, intenso e, mesmo assustado, meu corpo respondia com uma volúpia que eu nunca tinha conhecido. O prazer não vinha apenas do ato, mas do fato de estar sendo visto e aceito exatamente como eu era: frágil, inseguro, mas desejado. Me fez ficar de frente para ele, eu com as pernas abertas e seu pau me invadindo. Só escutava o barulho das metidas. Ele mandou que eu abrisse os olhos e falou: “Olha para o seu macho. Veja quem está te fazendo feliz, quem está te fazendo gozar feito uma puta louca por rola.” Sua língua invadiu minha boca. Aquilo era o que eu queria para sempre.
As posições se alternavam, e em cada uma delas eu descobria uma versão de mim que não conhecia. Ora estava por baixo, entregue, sentindo o domínio dele como um escudo; ora, por instantes, ele me permitia conduzir, só para depois retomar o controle e me mostrar, com firmeza, que eu podia confiar no caminho que ele traçava. Então me fez ficar de quatro, puxando meu cabelo e minha cintura. Eu rebolava, sentia suas mãos esmagando minha bunda enquanto sua rola entrava fundo. Nessa hora, descontrolado, eu repetia: “Sim, meu homem, me fode, me arromba, sou sua, quero ser sempre. Vou dar pra você todo dia.”
Não era apenas desejo. Havia ternura nos olhares rápidos, no cuidado em não me soltar, no abraço firme quando o prazer se misturava ao medo. Eu nunca tinha sentido aquilo: ser tratado com prioridade, como se minha descoberta fosse tão importante quanto o prazer em si.
O ápice chegou sem que eu tentasse controlar. Eu gozava, tremendo, descontrolado, perdendo a força das pernas até desabar. Logo depois senti ele jorrando no meu cuzinho todo seu leite, todo seu vigor, e então cair sobre mim. Era inevitável, como uma maré que sobe e toma conta de tudo. Depois, deitamos exaustos, os corpos ainda entrelaçados. Ele passou a mão devagar pelos meus cabelos e me puxou contra o peito.
Adormeci assim, abraçado, sentindo que naquele quarto cabia um segredo que não era vergonha, mas início.
Durante o dia, eu era dúvida.
À noite, no quarto fechado, eu era certeza.
Nossas noites se repetiam, e eu me entregava cada vez mais, sem pudor, sem vergonha, ignorando até as meninas que, por um motivo que não sei explicar, começaram a flertar comigo. Eu sempre dizia que precisava estudar, mas a verdade é que eu não via a hora de chegar a noite e me entregar ao meu dono safado, que me comia, me fazia chupar seu cacete, me dava leitinho e me tratava como sua mulher, sua amante secreta.
Mas o semestre acabou, e ele seguiu para a cidade dele. Eu voltei para a minha, sentindo um vazio enorme na minha mente, nas minhas noites e no meu rabinho.
Uaaallll que maravilha
A multiplicidade de sensações é parte da gostosa descoberta. Ótima sequencia.