Fred tem 1,70m, é meio relaxado e trabalha do outro lado da cidade. Nós nos vemos na correria da manhã e no cansaço da noite. Nossa vida sexual se tornou o esqueleto do que já foi. Monotonia é o meu marido, e ele nem percebe.
Trabalho no financeiro de um laboratório longe da cidade. Minha jornada é marcada pelo ônibus da empresa. Lá, eu convivo com Marcelo. Ele é o Analista, eu sou o satélite dele.
Marcelo. Ele é a antítese de tudo o que me cerca. 41 anos, 1,83m de altura. Ele é sorridente, confiante demais da conta, e vive perfumado. O cheiro dele é caro, limpo, e sempre presente. Ele é separado, e usa essa liberdade para contar vantagem sobre uma vida cheia de aventuras e namoradinhas.
O ponto de inflexão veio há alguns meses. Marcelo se mudou para um bairro que, para ele chegar em casa, passa por um ponto perto da minha. De repente, o ônibus é substituído pelo carro dele.
Tentei manter a sensatez: ofereci dividir a gasolina.
Ele riu. Com aquele sorriso confiante, ele recusou. "É no caminho, C. A companhia feminina torna a viagem mais agradável."
O carro dele se tornou nosso espaço secreto. É ali que o profissionalismo cai. Enquanto ele dirige, ele me despeja os detalhes. Os encontros, as mulheres, as aventuras... Ele me pede conselhos, mas na verdade, ele está se exibindo.
Eu mal conseguia processar as planilhas da minha cabeça. Eu só conseguia focar no perfume forte, na forma como o tecido da camisa dele esticava ao gesticular, e na veia que saltava no braço dele quando ele acelerava. Eu via a vida dele, cheia de sexo e paixão, e sentia a injustiça da minha monotonia.
Eu comecei a me interessar demais pelas peripécias sexuais dele. Era um vício. Eu queria mais detalhes.
A curiosidade virou desejo, e o desejo me traiu. Ele veio para casa, para o meu quarto.
À noite, com Fred, eu fechava os olhos. Eu o sentia, mas via Marcelo. Forte, cheiroso, me tratando como uma das suas conquistas selvagens.
Uma noite, enquanto tentávamos. Fred estava com o pau meio mole. Eu brinquei até ele ficar duro fiquei punhetando, e falando besteirinhas, mas o ato em si já me fez perder um pouco do tesão, porque na minha fantasia o pau de Marcelo já estaria raxando de duro. Mas o pensamento de Marcelo me invadiu novamente, e a buceta se inundou de tesão. Eu encaixei a buceta no pau dele e comecei a rebolar, de olhos fechados.
Eu me movia com uma urgência que não me pertencia, imaginando que eu era a "namoradinha" da vez. Eu me imaginava levando uns tapas, sendo xingada, sendo fodida com força dentro do carro dele, ele todo suado, pingando em mim. Então consegui gozar de olhos fechados, eu sentia até ele falando meu nome, então escuto Fred gemer meio desafinado, ai amor gozei, minha sorte que eu já havia gozado, porque foi broxante demais.
A imaginação dele me consumiu e me deu um prazer que o meu casamento tinha esquecido.
A culpa era grande, mas a satisfação era maior. Eu não podia mais parar de construir essa realidade paralela.
O sonho quebrou o limite entre a fantasia e a realidade.
Sonhei que estávamos na sala de reuniões escura do escritório. O cheiro dele era intenso. Ele estava perto, me olhando com cumplicidade.
Não era mais sobre conselhos.
"Eu sei que você gosta de ouvir minhas histórias, C. Mas você está sempre na defensiva, sempre me dando conselhos de esposa. Eu vejo o jeito que você me olha no carro quando eu falo sobre... certas coisas. Por que você não me conta suas peripécias? Eu sei que a mulher de olhos cor folha seca esconde muito fogo."
Ele tocou minha mão, uma pressão firme, proibida, que me fez vibrar no sonho. Eu senti a respiração dele no meu ouvido. Senti a língua dele percorrer meus lábios. Eu vi o cacete duro, cabeçudo dele. Quando eu toquei o pau dele, a eletricidade me acordou.
Eu acordei com o coração na boca. Na manhã seguinte, eu conferi minha pasta de trabalho, quase esperando a tinta da caneta. A tensão no carro, naquele dia, era uma corda esticada.
Naquela terça-feira, o silêncio era insuportável. Ele falava de trabalho, e eu respondia mal. A tensão era palpável. Quando o braço dele roçou no meu, a descarga elétrica foi real. Pensei no sonho e tive que reagir.
Eu respirei fundo e soltei, sem pensar, com a voz um pouco rouca:
— E aí, tá namorando alguém esses dias? Transou com alguém?
Marcelo parou o carro por um segundo, me olhando surpreso. Eu nunca havia sido tão direta.
— Uau, C. Que direta! Não estou "namorando", você sabe. Mas transar? Sim. Transar eu sempre transo, você sabe. — Ele retomou a direção, mas a atmosfera tinha mudado.
— Por que a pergunta, C.? Está com ciúmes da concorrência? — Ele brincou, mas havia um desafio ali.
Meu rosto queimava. Eu não podia confessar a verdade.
— Não é ciúmes, Marcelo. É curiosidade. Você fala tanto das suas aventuras... e eu sou casada, minha vida é o oposto disso. É... excitante ouvir.
Ele me mediu, o sorriso dele se tornando lento e predador, o que me fazia lembrar as fantasias de brutalidade e suor.
— Excitante? Hum. E o que exatamente na minha vida de solteiro é excitante para uma esposa em seu relacionamento de oito anos? A falta de compromisso? Ou a brutalidade que uma mulher aventureira exige?
A palavra brutalidade me atingiu como um choque elétrico. Era exatamente o que eu sonhava.
— O contraste, Marcelo. O contraste. — Eu sussurrei, a buceta pulsando com o nervosismo.
Ele segurou o volante com mais força. Ele não me olhou, mas a próxima frase dele veio carregada de intenção:
— Sabe, C., o mais excitante não é a aventura de quem está livre. É a aventura de quem não deveria.
Chegamos. Eu saí do carro cambaleando, o cheiro dele grudado em mim. Naquela noite, tive que me aliviar sozinha, pensando em cada palavra, em cada centímetro daquele carro proibido.
Eu senti a diferença assim que cheguei no trabalho. A conversa de ontem pairava no ar. Eu me preparei para isso, mais vaidosa, com uma roupa que, apesar de profissional, deixava meus joelhos à mostra.
Durante o dia, Marcelo mudou. Ele se aproximou da minha mesa e tocou meus ombros, uma pressão demorada, quase um carinho.
— Seu relatório está impecável, C. Você é a melhor assistente que eu poderia ter. — A voz dele era um sussurro rouco.
Eu me arrepiei. Eu suspirei, sem querer, e me virei para ele, olhando nos seus olhos, flertando, desafiando. Ele sustentou o meu olhar. Ele me tocou nos ombros várias vezes. Cada toque era uma pontuação no nosso flerte silencioso. Eu me retorcia de leve, sentindo o tesão se acumular.
Na hora de ir embora, a rotina foi quebrada.
Ele me esperou e abriu a porta do passageiro para mim — a primeira vez que ele fazia isso. Eu entrei, consciente da minha saia e dos meus joelhos à mostra.
Ao fechar a porta, ele pegou minha mão direita. Ele levou à boca e beijou as costas da minha mão, falando o quanto eu sou especial e uma amiga fiel, mas com aquele olhar de cafajeste.
Ele soltou minha mão, mas em um movimento rápido e deliberado, a mão dele desceu e tocou meu joelho exposto. Não foi um esbarrão. Foi um toque. Eu me retorci toda de tanto tesão. Um gemido preso subiu pela minha garganta.
Ele entrou no carro e a tensão estava fora de controle. Eu mal conseguia respirar. Ele dirigia, mas olhava para mim.
De repente, ele saiu da nossa rota usual. Virou em uma rua escura e parou o carro.
O motor ficou ligado. Ele puxou o freio de mão e soltou o cinto. Virou o corpo inteiro para mim.
— Eu não aguento mais, C. — Ele disse, a voz rouca, sem o sorriso.
Ele foi chegando, chegando. Eu senti o hálito dele, o perfume dele, e ele me beijou. Não foi um beijo de colega. Foi um beijo voraz, urgente. Eu agarrei a camisa dele. Minha mão desceu instintivamente para o volume na calça dele. Ele soltou um gemido profundo em minha boca. Ele se afastou, os olhos escuros:
— Eu sabia. A mulher de olhos cor folha seca tem fogo.
Continuamos conversando. Ele começou a passar a mão nos meus cabelos, me elogiando sem parar. Comecei a sentir uma estranha, excitação interna, não exatamente por ele, mas pela situação. Afinal, para mim que sempre levei vida de esposa fiel, tudo era novidade, e novidade sempre atrai as mulheres.
Ele desceu a mão até meu pescoço, sentia sua respiração. Me arrepiei, ele percebeu e veio se aproximando cada vez mais, segurou meu rosto, foi aproximando seu rosto até que encostou seus lábios nos meus. Eu não sabia o que fazer, fiquei surpresa e paralisada. Senti a língua dele passando suavemente, até entrar em minha boca e tocar minha língua. Senti um choque e um calor pelo corpo todo, por essa situação inusitada. Fiquei toda sem jeito, eu o empurrei, me afastei um pouco, ficamos olhando um nos olhos do outro, sempre ele segurando meu rosto, eu já com a respiração acelerada. Depois ele puxou minha cabeça novamente, encostou seus lábios nos meus novamente. Ele começou a introduzir novamente sua língua dentro da minha boca. Acabamos nos beijando mais e mais, meus braços o abraçaram.
Em um desses beijos eu já estava quase em transe, tremendo, ofegante, deixando escapar uns “huuuumm, huuuuumm”. Ele começou a passar a mão nos meus seios por sobre a blusa (os mamilos já estavam duros), sem querer eu soltava uns “aaaaiiiiiii, aaaaiiiiiii”, a sussurrar no ouvido dele dizendo: "pára, pára por favor, não faz isso, sou casada, me larga, pára por favor" e ele me beijava mais e mais. Confesso que aquilo me dava um prazer quase que desconhecido, era uma delicia sentir nossas línguas se encostando enquanto ele apertava meus seios.
Ele pegou minha mão e colocou sobre seu pênis que já estava duro, aí eu não agüentei, fechei a mão e apertei, sentindo me umedecer toda, fiquei segurando um pouco já ficando maluca. Ele tomou meu gesto como aceitação da situação e desabotoou minha blusa, enfiou uma mão dentro do bojo do soutien e segurou meu seio na mão. Com outra mão ele começou a abrir o zíper da calça dele, quando percebi, eu estava segurando o pênis quente dele direto na mão, levei um choque, um estremecimento percorreu meu corpo, soltei um gemido “ahhhhhhh”, mas também me despertei, e parei definitivamente com aquilo.
Eu o empurrei, abotoei minha blusa com mãos trêmulas, e ele colocou o pênis dentro da calça. Fomos embora quase calados.
Ele me deixou no meu ponto, sem beijos, sem toques.
— A gente conversa amanhã, C. — Foi tudo que ele disse.
Eu entrei em casa em chamas, com o cheiro de Marcelo na pele. Eu precisava descarregar aquela energia.
Aproveitei que Fred já estava em casa e já comecei a beijar ele imaginando ser Marcelo. Ele sem entender, desabotoei sua calça e caí de boca no seu pau, chupando, devorando, sugando como nunca achei que tinha feito.
Então, sem tirar minha roupa, apenas afastando a calcinha, sentei gostoso em seu pau, rebolando alucinada. Eu pegava suas mãos e tentava ensinar ele a me bater. Eu falava em seu ouvido: "me bate, amor, me fode!", eu senti o pau meia bomba de fred entrar torto em mim, mas na minha cabeça era a barra de ferro de Marcelo que me invadia.
Mas Fred não ajudava, ele era doce e mole. Só que eu só pensava em Marcelo. E mesmo assim, senti sua porra me invadir e ele gozando. Então eu coloquei meus dedos no meu grelinho e gozei também, em um orgasmo intenso, alimentado puramente pela fantasia da traição e do risco.
Saí, tomei um banho rápido e fui deitar, cheia de culpa.




Belo relato, e muito exitante...