Essa rotina monótona só mudou com a chegada de um novo colega na empresa, recém-chegado à cidade. Viramos amigos de imediato. Havia algo nele, uma confiança despretensiosa, que me fascinava.
A Noite da Entrega
O happy hour daquela sexta-feira foi intenso. A cerveja desceu fácil, e eu, finalmente solto, chamei meu novo amigo para dormir em casa. Ele se instalou no sofá, mas não demorou para surgir na porta do meu quarto, reclamando do desconforto.
— Posso deitar aqui? Está impossível lá fora — ele sussurrou.
Eu já estava só de cueca. Ele, devido ao calor, estava nu, e se deitou ao meu lado na cama de casal, puxando o lençol. Meu coração, já acelerado pela bebida, disparou com a proximidade daquele corpo.
De madrugada, senti seu braço me envolver, puxando meu corpo de costas contra o dele. Eu me deixei ficar. Senti o calor de sua virilha contra a minha bunda, e então a evidência do seu desejo: seu pênis ereto roçando minha nádega. Eu congelei. Ele apertou o abraço e começou a esfregar-se de leve. A timidez se dissolveu; o calor do álcool e a proximidade se transformaram em um tesão inesperado e profundo.
Ele beijou meu ombro, deslizando a mão sob a minha cueca e apertando meu membro, já duro. Virei-me para ele, nossos corpos se tocando da cabeça aos pés. Seus olhos tinham um brilho de domínio que eu nunca tinha visto. Ele me virou de bruços, empurrando-me contra o colchão. Tirou minha cueca e a jogou longe. Eu estava com o corpo tremendo, a bunda exposta. Eu balbuciava "por favor", mas sem convicção; eu nem acreditava que não queria aquilo. Não era só sobre o sexo; era porque, pela primeira vez, eu era desejado, tocado com uma intensidade que nunca senti.
Ele não pediu, ele ordenou.
— Você é minha, garoto. Minha menina.
Senti seu corpo musculoso se posicionar acima de mim. Sua mão me segurou firmemente pela cintura. Ele lambia e mordiscava meu pescoço, e sua língua desceu por minhas costas, chegando ao meu reguinho. Ele me comia com a boca, e nessa hora eu gemi feito puta, rebolei em sua língua. Ainda assim, balbuciava para ele parar, mas recebi um tapa forte na bunda:
— Puta não escolhe! Puta apenas aceita! — ele rosnou.
Ele lambeu minha entrada e empurrou a cabeça da pica com força. A dor inicial foi profunda, e eu gritei. Ele se levantou, foi ao banheiro e pegou o frasco de shampoo. Nessa hora, eu me virei e tentei:
— Eu sou hétero!
Ele riu, um som seco e autoritário.
— Vira logo, vagabunda, e empina sua bunda!
Eu me virei no automático. Ele despejou o shampoo no meu rabinho, enfiou os dedos e, em seguida, começou a meter sua rola novamente. A dor foi avassaladora, mas ele ficou parado, permitindo que meu corpo se acostumasse. Logo, começou a tirar e colocar aos poucos, e a dor foi rapidamente engolida pelo prazer avassalador de ser usado.
— Isso, sua vadia! — ele rosnava. — Geme para mim!
Ele socava sem pudor, cada estocada me fazendo gemer mais alto no travesseiro. Eu já não era mais o Antônio tímido. Eu era o que ele estava fazendo de mim: uma puta desesperada por mais. Senti-me totalmente violado e, ao mesmo tempo, completo. Era como se meu corpo, guardado por tanto tempo, finalmente tivesse encontrado seu propósito.
Ele me fodeu até o gozo, descarregando tudo dentro de mim com um gemido gutural. Desabou sobre minhas costas, e eu relaxei sob seu peso, sentindo o líquido quente escorrer. Eu estava destruído, mas incrivelmente feliz.
O Nascimento de Dandara
Adormecemos exaustos. Fui acordado não pelo despertador, mas por um beijo na boca. O sol entrava pela janela, e ele estava me olhando com um sorriso predatório.
— Bom dia, Dandara — ele disse.
Ele alisou seu cacete, já meio duro, deu um tapa na minha bunda e enfiou o dedinho de leve. Doeu porque ainda estava ardendo.
— Nossa, cara, você é gostoso demais. Te quero agora sempre, meu gostoso.
Eu tentei argumentar, a voz ainda rouca de sono e submissão.
— Eu... eu nunca fiz essas coisas. Nunca desejei macho.
Ele sorriu, aquele brilho de domínio se intensificando.
— E daí? É que você não sabia. E agora sabe que vai ser minha menina. Vamos namorar e quero te fazer feliz.
Dandara. Meu novo nome.
Ele se levantou e, casualmente, começou a mexer nas gavetas e no armário. Viu o vestido, a calcinha e o sutiã que minha ex-namorada havia deixado para trás.
— O que é isso aqui? — ele perguntou, levantando um fio dental de renda.
— É da minha ex.
— Não é mais. É seu agora.
Ele jogou a calcinha e um sutiã de bojo na minha cara.
— Veste. Quero te ver como a minha menina de verdade. E quero um café na cama.
Meu coração disparou. Eu hesitei, olhando para as peças femininas. A timidez tentou voltar, mas o prazer da noite anterior era muito mais forte. O macho me olhava com expectativa. Obedeci sem questionar, pegando as peças e me dirigindo ao banheiro.
A partir daquele momento, a timidez ficou para trás. Eu era Dandara.
Aquele sábado se desenrolou em uma aceitação total. Eu me excitava com a transformação, me rendendo e me tornando o que ele queria. Tivemos um final de semana que jamais imaginei existir na vida: eu, como mulher do meu macho.